Título: Na minha pele
Autor: Lázaro Ramos
Editora: Objetiva
Ano:2017
Número de páginas: 148
“Seu lugar é aquele onde
você sonha estar”
Mesmo com todas as modificações pelas quais
nossa sociedade vem passando no decorrer dos anos, a presença constante de
discriminações raciais é uma realidade cada vez mais presente na vida de milhões
de brasileiros negros, lutar contra tais atitudes ainda é algo árduo, pois tais
pensamentos estão arraigados na mente de muitos. É a partir dessa observação e
de inúmeros relatos de sua própria vida que o ator, escritor e diretor Lázaro
Ramos nos insere no universo do livro Na
minha pele.
Com bom humor e uma escrita tão cativante quanto
o próprio autor, passamos a analisar a saga empreendida por Lázaro durante sua
vida para a conquista do lugar que ocupa na sociedade, sempre levantando a
bandeira contra o preconceito racial, apontando questionamentos sobre a
profissão de ator enquanto negro na mídia brasileira. Na minha pele nos mostra um novo ponto de vista do “ser negro” dentro
de nossa sociedade.
“Seu lugar
é aquele onde você sonha estar”, esta frase, em específico, ficou a martelar meus
neurônios no decorrer de toda a leitura. Será mesmo que nos são dados os direitos de sonharmos com qualquer posição social
que desejarmos? É evidente que as diferenças entre a população negra e branca
são gritantes. Pensar e questionar tais diferenciações é o primeiro passo para
a modificação da sociedade. A leitura desta obra faz com que reflitamos sobre
como nos comportamos e pensamos sobre o racismo dentro da população de nosso
país.
Ao escrever Na
minha pele, Lázaro traz à tona as diversas vozes de negros e negras
desconhecidos pela a grande mídia, mas que possuem muito a ensinar sobre
aceitação, amor às origens, afetividade e um novo modo de ver o negro em sua
totalidade e singularidade.
Que possamos sair de nós mesmos para, pelo menos
na experiência de leitura, vestir a pele do outro e navegar por um mundo novo
lindo e rico.
“Não há
vida com limite preestabelecido. Seu lugar é aquele em que sonhar estar”
Por: Íris Constantino
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