Título: O
Reino das vozes que não se calam
Editora:
Fantástica Rocco
Ano: 2014
Número
de páginas: 285
Sophie é uma garota magra demais e ruiva que
enfrenta os constantes atos de bullyng juntamente por esses motivos, ainda
assim mantém uma amizade firme com a garota mais popular da escola, Anna.
Apesar das diferenças gritantes a ruiva e a morena se davam muito bem, até que
em uma festa Anna armou para que um garoto “ficasse” com Sophie. Assim que
soube da atitude da garota, a ruiva
sentiu-se traída e mais do que nunca quis fugir desse mundo que não a aceitava,
e é quando as coisas começam a mudar.
Naquela noite de sábado, depois de chorar por
horas (as pessoas choram demais nesse livro) Sophie é “sugada” para outra
dimensão. A garota acorda em uma floresta composta por árvores de caules negros
e folhas douradas, lindas flores cantantes que sussurravam melodias
harmoniosas; seguindo a pequena trilha nossa protagonista chega ao topo de uma
montanha e lá encontra o enorme condor que lhe dá uma carona até o castelo
magnífico em que inúmeras pessoas que pareciam estar reunidas a sua espera. É
com incredulidade que Sophie descobre que é princesa daquele povo, os Tirus, e
de todo o Reino; a garota era neta da Rainha Ny que havia reencarnado no mundo
dos humanos que era sua obrigação suceder sua avó.
Ao acordar a dúvida de que tudo não passava de
um sonho não saía de sua cabeça. Tentou retomar sua vida da melhor forma
possível, as fofocas da festa ainda rolavam soltas em toda a escola, o rumor da
briga entre ela e Anna se espalhou como fumaça e, se não bastasse isso, sua
magreza agora era maior alvo dos comentários maldosos, muitos afirmavam que ela
estava com anorexia.
Odiando tudo aquilo, afastou-se ainda mais das
pessoas, através de grosserias e atitudes arrogantes, o que só trouxe mais
problemas em sua vida na Terra. E no
Reino, ela sabia que não era só um sonho, se via incumbida de desvendar as
cartas dos Amantes, do Louco e da Morte, para que assim pudesse reinar sobre os
Tirus.
A vida dupla a esgotava e a falta de progresso
nas duas a esgotavam e lhe davam uma aparência doentia que logo foi percebida
por mais pessoas e é quando os tratamentos com psicólogos e psiquiatras se
inicia. Acreditando que o único modo de ser feliz com os Tirus seja dormir
eternamente, Sophie toma diversos comprimidos depressivos em uma tentativa de
suicídio. Sua atitude, mal sucedida, não afeta somente sua família e seu
“amigo” recém adquirido Léo, mas também aos Tirus, energia negra ao Reino, e as
vozes se calam.
Cabe a Sophie desvendar o que estava errado para
poder equilibrar a sua vida e assim purificar o Reino da energia negra que se
alastrava ao redor daquelas criatura tão puras.
Achei que faltou algo para me fazer engatar a leitura do
livro, senti vontade de largá-lo inúmeras vezes em algumas cenas e diálogos, a
protagonista não conseguiu me cativar de modo algum (um pouco mimada e revoltada demais para o meu gosto); admiro muito a todos que
leram e realmente gostaram.
Por
Íris Constantino
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