segunda-feira, 9 de julho de 2018

O Reino da vozes que não se calam - Carolina Munhóz e Sophia Abrahão




Título: O Reino das vozes que não se calam
Autor: Carolina Munhóz e Sophia Abrahão
Editora: Fantástica Rocco
Ano: 2014
Número de páginas: 285

Sophie é uma garota magra demais e ruiva que enfrenta os constantes atos de bullyng juntamente por esses motivos, ainda assim mantém uma amizade firme com a garota mais popular da escola, Anna. Apesar das diferenças gritantes a ruiva e a morena se davam muito bem, até que em uma festa Anna armou para que um garoto “ficasse” com Sophie. Assim que soube da atitude da garota,  a ruiva sentiu-se traída e mais do que nunca quis fugir desse mundo que não a aceitava, e é quando as coisas começam a mudar.
Naquela noite de sábado, depois de chorar por horas (as pessoas choram demais nesse livro) Sophie é “sugada” para outra dimensão. A garota acorda em uma floresta composta por árvores de caules negros e folhas douradas, lindas flores cantantes que sussurravam melodias harmoniosas; seguindo a pequena trilha nossa protagonista chega ao topo de uma montanha e lá encontra o enorme condor que lhe dá uma carona até o castelo magnífico em que inúmeras pessoas que pareciam estar reunidas a sua espera. É com incredulidade que Sophie descobre que é princesa daquele povo, os Tirus, e de todo o Reino; a garota era neta da Rainha Ny que havia reencarnado no mundo dos humanos que era sua obrigação suceder sua avó.
Ao acordar a dúvida de que tudo não passava de um sonho não saía de sua cabeça. Tentou retomar sua vida da melhor forma possível, as fofocas da festa ainda rolavam soltas em toda a escola, o rumor da briga entre ela e Anna se espalhou como fumaça e, se não bastasse isso, sua magreza agora era maior alvo dos comentários maldosos, muitos afirmavam que ela estava com anorexia.
Odiando tudo aquilo, afastou-se ainda mais das pessoas, através de grosserias e atitudes arrogantes, o que só trouxe mais problemas em sua vida na Terra.  E no Reino, ela sabia que não era só um sonho, se via incumbida de desvendar as cartas dos Amantes, do Louco e da Morte, para que assim pudesse reinar sobre os Tirus.
A vida dupla a esgotava e a falta de progresso nas duas a esgotavam e lhe davam uma aparência doentia que logo foi percebida por mais pessoas e é quando os tratamentos com psicólogos e psiquiatras se inicia. Acreditando que o único modo de ser feliz com os Tirus seja dormir eternamente, Sophie toma diversos comprimidos depressivos em uma tentativa de suicídio. Sua atitude, mal sucedida, não afeta somente sua família e seu “amigo” recém adquirido Léo, mas também aos Tirus, energia negra ao Reino, e as vozes se calam.
Cabe a Sophie desvendar o que estava errado para poder equilibrar a sua vida e assim purificar o Reino da energia negra que se alastrava ao redor daquelas criatura tão puras.
Achei que faltou algo para me fazer engatar a leitura do livro, senti vontade de largá-lo inúmeras vezes em algumas cenas e diálogos, a protagonista não conseguiu me cativar de modo algum (um pouco mimada e revoltada demais para o meu gosto); admiro muito a todos que leram e realmente gostaram.

Por Íris Constantino

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