terça-feira, 15 de maio de 2018

Quem é você, Alasca? - John Green



Título: Quem é você, Alasca?
Autor: John Green
Editora: Intrínseca 
Ano: 2014
Número de páginas: 188

ATENÇÃO: CONTÉM SPOILER

            Quem é você, Alasca?, é o primeiro livro publicado pelo autor best seller John Green, nele encontramos o, absolutamente comum, Miles Halter. Miles vive em uma pequena cidade da Flórida da qual não se arrepende em nada de deixar para trás ao ir em busca de seu "GRANDE TALVEZ" na escola interna Culver Creek, no Alabama.
           É nesta escola que nosso protagonista, enfim, parece encontra um lugar no mundo e amigos para compartilhar as novas descobertas que vão surgindo em sua nova vida, é assim que Coronel, Takumi, Lara e Alasca tornam-se o novo (e primeiro) ciclo de amizade de Miles, cada um com uma personalidade diferenciada, mas que sabem como funcionam as coisas na escola.
            Neste ponto conhecemos a tão famosa Alasca, fascínio de muitos, uma garota temperamental, extrovertida, linda e enigmática que cativa o coração de todos. Muito jovem Alasca perdeu sua mãe e o fato de não ter tido a iniciativa de ligar para a emergência quando a viu entra em convulsão a atormenta em todos os seus dias.
        O livro é dividido em duas partes: o antes e o depois da morte Alasca. O antes está exclusivamente baseado na vivência de Miles e de seus novos amigos na escola, o depois centra-se na tentativa do grupo de descobrir o que teria causado a morte de Alasca, teria sido um acidente comum de carro ou um suicídio para da fim ao "labirinto"? 
            Achei interessante a forma como o autor abordou os temas do cigarro e da bebida, embora ache que tudo ficou muito banalizado, mesmo assim as reflexões feitas pelo autor são de fundamental importância para nos mostrar o quanto essa fase do desenvolvimento acarreta questionamentos importantes para continuar vivendo em nossa sociedade (talvez esteja exagerando, mas sempre estou me questionando sobre o que vivi neste período e no quanto isso afeta ou afetou quem sou hoje).
            Como lidar com a culpa? O sofrimento? Quando nada mais parece fazer sentido, o melhor jeito é mesmo deixar o labirinto de uma forma rápida e definitiva? E como lidar com a perda, quando ela é tão certa e inevitável?

Por Íris Constantino
             
Algumas frases destacadas durante a leitura:

"Não dá para simplesmente ficar prolongando certas coisas para sempre. Chega um momento em que o melhor a se fazer é arrancar o Band-Aid. Isso dói, mas depois passa, e então vem o alívio."

"Não posso ser uma dessas pessoas que ficam sentadas falando que pretendem fazer isso e aquilo. Eu vou fazer e pronto. Imaginar o futuro é uma espécie de nostalgia."

"Acima de tudo, eu sentia a injustiça daquilo, a inegável injustiça de amar alguém que talvez também me amasse, mas que agora não podia fazer nada porque estava morta."

OBS: Há boatos de que  livro será adaptado em uma série de 8 capítulos, corram para ler!!

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